Thursday, January 26, 2012

Falta de humanidade no Pinheirinho

Abaixo, matéria sobre o sofrimento dos ex-moradores do Pinheirinho, de São José dos Campos. Crianças, idosos, grávidas, ninguém foi poupado da crueldade. Texto e vídeo são de uma das jornalistas que mais admiro, minha ex-editora Eliane Mendonça, que acompanhou de perto a dessas famílias. Leiam mais no blog solidariedadepinheirinho.blogspot.com, no qual também encontra-se o texto abaixo.


Sem lenço, sem documento e sem dignidade

Eliane Mendonça

Desde a desocupação, as famílias que viviam no Pinheirinho estão só com a roupa do corpo, sem documentos, sem casa, sem móveis e sem nenhuma perspectiva. Se tudo isso não bastasse, ainda estão sendo tratadas como lixo, sendo mantidas em condições subhumanas em locais que a prefeitura insiste em chamar de abrigo.


Em uma visita ontem ao Caic Dom Pedro, a situação era deplorável. Sem procurar muito, é fácil ver vários doentes deitados no chão. Pessoas com pneumonia, vítimas de AVC que já não falam e não andam e até um caso de tuberculose. 


Pra piorar a situação, estão todos amontoados na quadra de esportes, dividindo espaço com as crianças que brincam em meio a fezes de pombos e restos de comida, e ainda tendo de conviver com a falta de água, que durou o dia todo, nesta segunda-feira (23).


No rosto das pessoas o semblante pesado, de quem perdeu as esperanças e está sem nenhuma perspectiva. E ainda há relatos de assédio por parte da prefeitura, que insiste em seu plano xenofóbico de mandar as famílias para as cidades de origem.
 

“A ‘moça’ da prefeitura veio de novo aqui perguntar se a gente quer passagem de volta. Mas, voltar pra onde, meu Deus! Eu não tenho lugar pra ir não”, disse a diarista Sineide Souza de Jesus, que está no abrigo com o marido e cinco filhos.
 

Cada morador é “marcado” com uma pulserinha que, segundo os próprios abrigados, não pode ser tirada, de jeito nenhum.
“Disseram que se a gente quiser comer e ter um colchão, temos de ficar com a pulseira. É horrível. Não sou bicho pra andar de coleira”, reclamou Geralda da Silva Moreira, 54 anos.
 

Além disso, os abrigos continuam cercados pela polícia. A orientação é que ninguém saia. “Dizem que se sair, não volta mais. Mas vou viver enclausurada aqui? Não posso trabalhar nem levar as crianças para a escola? O que vai ser da gente?”, perguntou dona Geralda.
 

Histórias comovem
 
Ediléia Neves, 31 anos, grávida de cinco meses, é mãe solteira de quatro filhos de 12, 10, 8 e seis anos, respectivamente. Abrigada na Igreja Nossa Senhora do Perpétuo Socorro, no Colonial, ela não tinha idéia do que ia fazer da vida. “O que eu vou fazer agora e como vou sustentar os meus filhos? É só nisso que eu penso. Nunca imaginei que passaria por uma situação dessas, em toda minha vida”, disse.
 

Outra história que choca é de Claudineide da Silva, de 44 anos, que é paciente terminal de câncer e também está abrigada na igreja.
 

Ela conta que sente muitas dores no corpo, já que tem câncer nos ossos, mas passou a noite inteira sentada na cadeira de rodas. “Eu tava com muito medo. Tinha bomba explodindo aqui na igreja, à noite. Fiquei com medo. Nem dormi”, disse.
 

Dona Ozonina Ferreira de Souza, 62 anos, se emocionava cada vez que falava da violência da desocupação. “Meus netos estão todos traumatizados. Fico me perguntando por que fizeram isso com a gente. Eu trabalhei minha vida inteira, to velha e cansada. 

Depois de tanto tempo, eu não mereço uma casa? Eu acho que eu mereço... Eu não sou bandida. Sou trabalhadora e honesta. Só queria um teto pra criar meus netos tranqüila”, disse, chorando.
O companheiro de dona Ozonina, o aposentado Abelino Alves Moraes, 70 anos, disse que estava se sentindo desnorteado. “Vamos ver o que vão fazer com a gente, né? Não é possível que larguem a gente assim, na rua”, disse.
 

No Caic Dom Pedro, dona Sineide montou as camas debaixo da rede da quadra do Caic Dom Pedro, onde tinha um pombo morto. Mas assegura que fez isso porque era o único espaço que tinha. “Falam que pombo dá doença, né? Mas se o pombo estiver morto, será que ainda tem problema? Acho que não, né fia?”, perguntou à reportagem.
 

A grande preocupação dela é com os estudos das crianças. Não só dos seus filhos, mas das crianças que estudam no Caic Dom Pedro.
“Tem mãe aqui do bairro preocupada, querendo saber quando a gente vai sair porque o filho estuda aqui e as aulas começam no dia 6. Eu, como mãe, entendo a preocupação. Mas, vou responder o que?”, disse, já em lágrimas.
 

O filho mais velho de dona Sineide, Jealisson, completou 11 anos no dia da desocupação. O pai, o pedreiro Geraldo Gabriel da Nóbrega, 53 anos, conta que tinha comprado coisas pra comemoração. A idéia era fazer um bolo simples, com guaraná. “Era o que ele queria. Fiz um esforço e comprei, ele tava feliz. Mas a polícia tirou a gente da cama. Não deu tempo de fazer o bolo e o Guaraná que comprei também ficou pra trás. No meio da desgraça, era só o que as crianças se lembravam. Pra um pai isso é muito difícil”, disse, com a voz embargada.
 

Minutos depois, uma voluntária que sabia da história chegou com um bolo pequeno, de padaria, e um guaraná. E o pequeno Jealisson pode então, comemorar seus 11 anos como tinha sonhado, com direito até a cantar parabéns.
 

“Olha, se não fosse esse povo de bom coração que aparece aqui por conta própria, não sei o que seria da gente. Porque a prefeitura mesmo, não está nem aí. São gestos que podem parecer pequenos, mas aliviam o coração da gente e nos ajudam a suportar esse sofrimento”, disse dona Sineide.

'BBB' sob o olhar crítico de Luís Fernando Veríssimo

Queridos leitores,

Flagrei-me perguntando a mim mesma o porquê de não haver uma linha sobre o “Big Brother Brasil” no “Céu de Notícias”. E eu mesma respondi: recuso-me a divulgar neste blog qualquer notícia interessante para o governo ou para qualquer outro império que não seja contra a falta de cultura, comida, trabalho, educação. Minha mãe leu em algum veículo de comunicação que o Boninho, diretor do BBB, já disse: “Vamos emburrecer os brasileiros”. Se isso é ou não verdade, eu não sei, mas também não duvido da veracidade desse comentário ou notícia.
Por isso, vou publicar este artigo de um dos meus ídolos. Leiam a opinião de Luis Fernando Veríssimo sobre o programa da Rede Globo. Isso sim faz refletir!
 
“Que me perdoem os ávidos telespectadores do Big Brother Brasil (BBB), produzido e organizado pela nossa distinta Rede Globo, mas conseguimos chegar ao fundo do poço. Chega a ser difícil encontrar as palavras adequadas para qualificar ...tamanho atentado à nossa modesta inteligência. Pergunto-me, por exemplo, como um jornalista, documentarista e escritor como Pedro Bial que, faça-se justiça, cobriu a Queda do Muro de Berlim, se submete a ser apresentador de um programa desse nível.
 

Em um e-mail que recebi há pouco tempo, Bial escreve maravilhosamente bem sobre a perda do humorista Bussunda referindo-se à pena de se morrer tão cedo. Eu gostaria de perguntar se ele não pensa que esse programa é a morte da cultura, de valores e princípios, da moral, da ética e da dignidade. Outro dia, durante o intervalo de uma programação da Globo, um outro repórter acéfalo do BBB disse que, para ganhar o prêmio de um milhão e meio de reais, um Big Brother tem um caminho árduo pela frente, chamando-os de heróis.
 
Caminho árduo? Heróis? São esses nossos exemplos de heróis?
 
Caminho árduo para mim é aquele percorrido por milhões de brasileiros, profissionais da saúde, professores da rede pública (aliás, todos os professores), carteiros, lixeiros e tantos outros trabalhadores incansáveis que, diariamente, passam horas exercendo suas funções com dedicação, competência e amor e quase sempre são mal remunerados. Heróis são milhares de brasileiros que sequer tem um prato de comida por dia e um colchão decente para dormir, e conseguem sobreviver a isso todo santo dia. Heróis são crianças e adultos que lutam contra doenças complicadíssimas porque não tiveram chance de ter uma vida mais saudável e digna. Heróis são inúmeras pessoas, entidades sociais e beneficentes, ONGs, voluntários, igrejas e hospitais que se dedicam ao cuidado de carentes, doentes e necessitados (vamos lembrar de nossa eterna heroína Zilda Arns). Heróis são aqueles que, apesar de ganharem um salário mínimo, pagam suas contas, restando apenas dezesseis reais para alimentação, como mostrado em outra reportagem apresentada meses atrás pela própria Rede Globo.
 
O Big Brother Brasil não é um programa cultural, nem educativo, não acrescenta informações e conhecimentos intelectuais aos telespectadores, nem aos participantes, e não há qualquer outro estímulo como, por exemplo, o incentivo ao esporte, à música, à criatividade ou ao ensino de conceitos como valor, ética, trabalho e moral. São apenas pessoas que se prestam a comer, beber, tomar sol, fofocar, dormir e agir estupidamente para que, ao final do programa, o “escolhido” receba um milhão e meio de reais. E ai vem algum psicólogo de vanguarda e me diz que o BBB ajuda a "entender o comportamento humano".
 
Ah, tenha dó!!! Veja o que está por de tra$$$ do BBB: José Neumani da Rádio Jovem Pan, fez um cálculo de que se vinte e nove milhões de pessoas ligarem a cada paredão, com o custo da ligação a trinta centavos, a Rede Globo e a Telefônica arrecadam oito milhões e setecentos mil reais. Eu vou repetir: oito milhões e setecentos mil reais a cada paredão.
 
Já imaginaram quanto poderia ser feito com essa quantia se fosse dedicada a programas de inclusão social, moradia, alimentação, ensino e saúde de muitos brasileiros? (Poderia ser feito mais de 520 casas populares; ou comprar mais de 5.000 computadores).
 
Essas palavras não são de revolta ou protesto, mas de vergonha e indignação, por ver tamanha aberração ter milhões de telespectadores.
 
Em vez de assistir ao BBB,  que tal ler um livro, um poema de Mário Quintana ou de Neruda ou qualquer outra coisa..., ir ao cinema..., estudar... , ouvir boa música..., cuidar das flores e jardins... , telefonar para um amigo... , visitar os avós... , pescar..., brincar com as crianças... , namorar... ou simplesmente dormir.
 
Assistir ao BBB é ajudar a Globo a ganhar rios de dinheiro e destruir o que ainda resta dos valores sobre os quais foi construída nossa sociedade.”

Celebridades insultam a Língua Portuguesa no Twitter

Na terça-feira (24), o "Céu de Notícias" lançou a seção "Pare pra pensar", com o nosso querido colaborador PseudosSonhador. Hoje, ao navegar, encontrei no Portal UOL uma lista de erros cometidos por celebridades que se atrevem (sim, é um atrevimento redigir tão mal) a escrever no Twitter. Amigo PseudosSonhador, não quero te assustar, mas acesse: http://educacao.uol.com.br/album/120118_tuites_celebridades_album.htm?fotoNav=7#fotoNav=3

Há 14 anos, desabamento do Palace 2, também no Rio, fez 8 vítimas e desabrigou 130 famílias devido à péssima estrutura


Aline Gusmão

Na noite desta quarta-feira (25), os cariocas foram forçados a lembrar a tragédia do edifício Palace 2, que matou 8 pessoas ao desabar parcialmente, na Barra da Tijuca (zona sul do Rio de Janeiro). Mais de uma década depois, três prédios desabaram no centro da cidade, matando 3, ferindo seis e deixando 21 pessoas desaparecidas, segundo a Defesa Civil. O órgão ressaltou nesta tarde que os três corpos já foram retirados dos escombros e que são três homens adultos.

O prefeito do Rio de Janeiro, Eduardo Paes, afirmou pela manhã em entrevista à Globo News que a hipótese de que uma explosão de gás teria provocado o desabamento já foi descartada e que, no momento, a investigação aponta para um problema estrutural no edifício maior.

Já em 22 de fevereiro de 1998, 130 famílias ficaram desabrigadas por conta de uma estrutura precária. O Palace 2 havia sido erguido pela construtora Sersan, que pertencia ao então deputado federal Sérgio Naya. De acordo com o Crea (Conselho Regional de Engenharia e Arquitetura), o desabamento ocorreu devido a falhas no projeto de dois pilares e a uma suposta má execução da obra.

Segundo laudo do ICCE (Instituto de Criminalística Carlos Éboli), 78% dos pilares do edifício haviam sido construídos com coeficiente de segurança abaixo do estabelecido pela Associação Brasileira de Normas Técnicas.

Após o desabamento, Naya foi expulso do PPB, partido ao qual pertencia na época, cassado pela Câmara dos Deputados e proibido de exercer a profissão de engenheiro pelo Crea do Estado do Rio de Janeiro. Também teve seus bens e os das empresas que dirigia embargados pela Justiça.

Em dezembro de 1999, Naya foi preso em Brasília, acusado de ser responsável pelo desabamento, mas só ficou detido 26 dias. Em maio de 2001, foi absolvido pela Justiça, assim como o engenheiro de campo da obra, Sérgio Murilo Domingues. Apenas José Roberto Chendes, que havia feito os cálculos do projeto, foi condenado a prestar serviços à comunidade.

As indenizações começaram a ser pagas somente no início de 2002. Até 2008, uma década após a tragédia, nem todas as famílias haviam  recebido o dinheiro, que não vai trazer de volta entes queridos, pertences, o lugar que escolheram para viver. Mas que é delas por direito, e que se abrirem mão, a impunidade se tornará um monstro com toneladas a mais e com mais cabeças do que já tem, atingindo as vítimas da corrupção que assola os mais humildes.

Desabamento de 3 prédios no centro do Rio de Janeiro provoca 3 mortes e fere seis; 21 pessoas continuam desaparecidas


Reuters
(Reportagem de Daniela Ades, Pedro Fonseca e Rodrigo Viga Gaier)

Equipes de resgate retiraram três corpos sob os escombros dos três prédios antigos que desabaram no centro do Rio de Janeiro na noite de quarta-feira (25), e os bombeiros seguem em busca de desaparecidos nesta quinta-feira (26). O número de famílias que buscam por parentes subiu de 19 para 21, segundo a subsecretária de Assistência Social do município do Rio de Janeiro, Fátima Nascimento.
No início da tarde, a Defesa Civil corrigiu a informação de que cinco corpos haviam sido encontrados. Segundo o órgão, as equipes confirmam três mortes. Seis pessoas foram resgatadas após o desastre com ferimentos e levadas a dois hospitais da cidade, informou a Secretaria Municipal de Assistência Social, que presta atendimento aos familiares das vítimas da tragédia.
"Continuamos buscando (sobreviventes), a gente sempre trabalha com esta esperança", disse por telefone o capitão do Corpo de Bombeiros Fabio Taranto, que participa da operação e informou que entre os mortos estão um homem e uma mulher.
Os desabamentos ocorreram pouco antes das 20h30, horário de baixa circulação de pessoas no centro do Rio e de menor movimento nos prédios comerciais. Testemunhas disseram que o expediente já estava encerrado na grande maioria das empresas em funcionamento nos edifícios quando ocorreu o desabamento.
Máquinas retro-escavadeiras, cães farejadores e equipamentos hidráulicos ajudam os bombeiros na operação de busca e salvamento.
Os edifícios, que tinham 20, 10 e 4 andares, estavam localizado na rua 13 de Maio, ao lado do Theatro Municipal, um dos prédios históricos mais famosos da cidade e que foi restaurado recentemente. No térreo de um dos edifícios funcionava uma agência bancária.
As causas do acidente ainda estavam sendo apuradas, mas um dos edifícios passava por obras em alguns andares. O prefeito do Rio, Eduardo Paes, que esteve no local durante a noite, falou na possibilidade de dano estrutural.
"Não sabemos a causa, mas o mais provável é que não houve explosão e o mais provável é que houve dano estrutural", afirmou Paes ainda à noite.
Testemunhas disseram que foi possível ouvir estalos nos edifícios antes do desabamento. Em seguida, rebocos começaram a cair na rua e depois os prédios vieram a baixo. Houve pânico, correria e desespero.
Uma densa nuvem de poeira cobriu a região. Carros que estavam estacionados e pedestres ficaram cobertos de poeira e escombros."Parecia um terremoto. Primeiro caíram blocos de concreto do prédio. Começaram a cair vários e as pessoas começaram a correr. Depois caiu tudo de um vez", disse a jornalistas uma testemunha que se identificou apenas como Gilberto e que afirmou ter visto o desabamento.



Tuesday, January 24, 2012

Sergio Mendes e Carlinhos Brown estão entre os indicados ao Oscar

Os brasileiros Sergio Mendes e Carlinhos Brown foram indicados à 84ª edição do Oscar - prêmio máximo do cinema - na categoria Melhor Trilha Original. A dupla, ao lado de Siedah Garrett, compôs as canções do filme Rio (2011), dirigido por outro brasileiro, Carlos Saldanha ("A Era do Gelo").
A entrega da estatueta de ouro será dia 26 de fevereiro. A apresentação fica a cargo do ator e comediante Billy Crystal ("A Máfia no Divã" e sua continuação).
O blog "Céu de Notícias" indica o site da rede de videolacodoras 100% Vídeo, que contém a lista completa dos indicados e análise de cada um. O texto é de Ricardo Zaglia "http://www.100video.com.br/portal/Noticias.aspx?NoticiaID=13006).

Movimento "Fale e escreva como se deve"

O "Céu de Notícias" encerra janeiro cheio de novidades. Uma delas é a coluna semanal do PseudosSonhador, uma das pessoas que mais admiro pela inteligência e personalidade. Ele abordará diversos temas, com o mesmo objetivo do blog: melhorar e facilitar a vida dos nossos leitores. Nessa primeira edição, sua coluna abordará a Língua Portuguesa, por meio do "Movimento Fale e Escreva como se Deve". A ideia é aguçar o interesse pela leitura e pela escrita de maneira correta. Vamos aprender?
Pense antes de falar; leia após escrever
Bão dia,
Quamdo mi pedirão pra teser algumas palavras sobre os erros di portugueis e das perolas qui mais vemos em nosso cotidiano diàrio do dia - a -  dia, fiquei super insseguro, cem saber ezatamente o que falar (logo eu, que sou di boa e não fico pegano no pé dos outros). Resolvi, emtão, falar um polco dos esemplos de coisas estranhas que vemos, o que tentei cintetizar abaicho:

fil di cabelo
dislumbrar um bom futuro
separar-mos melhor as coisas
toda a umanidade do Brasil já sabe disso
o Brasil tem aproximadamente 26 Estados
esse povo é muito dupiniquin

mas esses dois são muito iguais
nesse meis a gente tivemos menas perca
me dá duzentas gramas de presunto
isso é pra mim fazer?
nem que eu seje punido vou fazer isso!
Se ler tudo isso te deixou incomodado, enojado ou fez você rir, significa que temos alguma coisa em comum e que o mundo ainda faz algum sentido.
Acredito piamente que é muito mais eficiente e agradável um ambiente onde a comunição flui dentro de padrões e não temos que ficar pensando para traduzir para o português frases como as vistas acima. Mas parece que ninguém mais dá valor a isso. Sou uma pessoa que vive no interior e vive sendo ridicularizada porque as pessoas da capital dizem que o pessoal do interior é muito inculto e que é quem mora na capital é que sabe usar corretamente as palavras.

Como negar afirmações como esta, de paulistanos que acabaram de presenciar frases fortes como as listadas acima? Sei que não vou mudar o mundo sozinho, e por isso conclamo você, leitor, para se unir a mim numa batalha contra esse deleixo generalizado que assistimos contra nossa língua pátria.

Hoje em dia, temos ferramentas tecnológicas para nos auxiliar neste sentido. Um simples "F7" antes de enviar seus e-mail já faz uma diferença enorme. Mas o que traz diferenciação é começar a ler suas mensagens antes de enviá-las. Essa ação, por si só, já trará sentido e fluência à mensagem que você tinha em mente enviar, além de corrigir erros de digitação e ortografia.

Na hora de falar, a disciplina é fundamental: falar pausadamente e pensar um pouquinho antes de pronunciar as palavras vai trazer concordância aos nomes e verbos. No começo é complicado, mas depois se torna hábito.

Não é minha ideia dar uma de professor e fica ensinando ninguém a ler e escrever, estou apenas compartilhando contigo algumas rotinas que mudaram minha vida, e espero que façam muito bem pra sua também.

Um abraço e até a próxima.
PseudosSonhador

PARE PRA PENSAR

Hoje (24), o "Céu de Notícias" inaugura a seção "Pare pra pensar". Neste espaço, serão postados textos, frases, poemas, poesias, crônicas, qualquer tipo de gênero linguístico cujo conteúdo seja levar os leitores à reflexão. A propósito: no cotidiano moderno, onde muitos têm dois empregos, filhos, vizinho, cachorro, gato, come em restaurante, faz compras, paga contas (ufa, cansei!), quem tem tempo para refletir? Nem que for por apenas 5 minutos diários ou semanas (vixi), PARE PRA PENSAR!

AS CINQUENTA E OITO DESCULPAS
  
Os indivíduos que não alcançam o sucesso têm um traço em comum: conhecem todas as razões para o fracasso e têm o que acreditam ser desculpas incontestáveis para explicá-lo.
Algumas são inteligentes; outras justificáveis.  Mas nenhuma atrai sucesso. Um estudioso do caráter humano organizou uma lista com as desculpas mais comuns. Leia a lista atentamente e veja se costuma usá-las.

SE eu não tivesse mulher (marido) e filhos...
SE eu tivesse influência...
SE eu tivesse dinheiro...
SE eu tivesse estudo...
SE eu arranjasse um emprego...
SE eu tivesse saúde...
SE eu tivesse tempo...
SE os tempos fossem outros...
SE as pessoas me entendessem...
SE as condições fossem diferentes...
SE eu pudesse voltar no tempo...
SE tudo não fosse tão difícil...
SE não fosse o que “os outros” vão dizer...
SE tivesse me dado uma oportunidade no passado...
SE me dessem uma oportunidade agora...
SE outros não tomassem meu lugar...
SE nada me impedisse...
SE eu fosse mais jovem...
SE eu fosse mais velho...
SE eu pudesse fazer o que quero...
SE eu tivesse nascido em berço de ouro...
SE eu conhecesse as pessoas certas...
SE eu tivesse o mesmo talento de outras pessoas...
SE eu tivesse coragem de falar...
SE eu tivesse aproveitado as oportunidades...
SE as pessoas não me irritassem...
SE eu não tivesse de cuidar da casa e das crianças...
SE eu conseguisse economizar...
SE o chefe gostasse de mim...
SE meus subordinados gostassem de mim...
SE alguém me ajudasse...
SE minha família me entendesse...
SE eu morasse em uma cidade grande...
SE eu tivesse coragem de começar...
SE eu fosse livre...
SE eu tivesse a mesma personalidade de alguns...
SE eu emagrecesse...
SE meus talentos fossem reconhecidos...
SE eu pudesse tirar férias...
SE eu conseguisse pagar minhas dívidas...
SE eu não tivesse falhado...
SE eu soubesse como fazer...
SE não tivesse todo mundo contra mim...
SE eu não tivesse tantas preocupações...
SE eu encontrasse a pessoa certa pra casar...
SE as pessoas não fossem tão tolas...
SE minha família não fosse tão extravagante...
SE eu sentisse mais segurança...
SE a sorte não estivesse contra mim...
SE eu tivesse nascido sob uma boa estrela...
SE não fosse verdade que “o que tiver que ser será”...
SE eu não tivesse que trabalhar tanto...
SE eu não tivesse ficado sem dinheiro...
SE minha vizinhança fosse outra...
SE eu não tivesse um “passado”...
SE a empresa fosse minha...
SE as pessoas me escutassem...
SE – e este é o maior de todos – eu tivesse coragem de me ver como sou, descobriria o que há de errado comigo e corrigiria. Então teria a oportunidade de aprender com os meus erros e com as experiências alheias, pois sei que algo NÃO ESTÁ CERTO, ou já teria chegado onde DEVERIA ESTAR, se dedicasse mais tempo a analisar minhas fraquezas e menos tempo a inventar desculpas pra elas.

Do livro "Quem pensa enriquece", de Napoleon Hill
Com colaboração de Francisco Fortunato










Reintegração no interior de SP leva famílias a abrigos precários

Prezados leitores, bom dia. Quero compartilhar com vocês uma matéria que acabei de ler na versão online do jornal "Folha de S.Paulo". A descrição das condições subhumanas em que esses moradores foram submetidos me emocionou. Fica a reflexão: quando é que polícia e governo vão acertar?

Reintegração no interior de SP leva famílias a abrigos precários
 
Dos enviados especiais a São José dos Campos
Colaboração para a "Folha"

Uma tragédia humanitária. Assim a dona de casa Luiza dos Reis Salatiel, 77, definiu a situação vivida ontem pelos expulsos da invasão Pinheirinho, em São José dos Campos (97 km de SP). Na escola Dom Pedro de Alcântara, transformada em abrigo para 2.500 pessoas, a Folha viu pelo menos três doentes com pneumonia, um com tuberculose e uma pessoa com sequelas de AVC jogados em colchões no pátio de esportes.
Crianças e bebês brincavam em meio a restos de comida e a fezes de pombos espalhados. Um animal morto estava preso na rede da quadra. Apenas quatro banheiros imundos serviam às mulheres. Os homens tinham de se contentar com três.
A situação sanitária era tão grave que dois vestiários, no fundo da quadra --sem vaso sanitário ou água encanada-- foram improvisados como banheiros também. "Eles querem nos degradar como seres humanos", disse o motorista Assis David Monteiro, 62.
A maioria dos antigos moradores do Pinheirinho, expulsos de suas casas a partir das 6h do domingo, não teve tempo nem sequer para pegar os próprios documentos. Sem casa, sem documentos, muitos têm apenas uma muda de roupas. E pulseirinhas coloridas, que identificam quem pode entrar nos abrigos da prefeitura.
Vários desabrigados disseram à Folha que as pulseirinhas estão servindo para discriminá-los. "É como se fosse uma coleira que nos colocaram para nos identificar quando andamos na rua. Vizinhos nos chamam de cachorros do governo", disse Rogério Mendes Furtado, 28, catador de sucata.
Na igreja de Nossa Senhora do Socorro, improvisada em abrigo extraoficial, cerca de 1.500 pessoas dormem em bancos, corredores e debaixo das marquises. Há apenas oito vasos sanitários. Banheiros não têm chuveiro.
Segundo Shirley Albino de Faria, 45, funcionária da paróquia, os alimentos foram obtidos de doações. "A prefeitura não está contribuindo com nada aqui, diz que os ex-moradores devem procurar os abrigos oficiais", disse.
Bichos também foram deixados para trás. Andréia, 23, doméstica, largou 20 galinhas, cinco cachorros, três gatos e três pássaros.
     

       
BAIRRO SITIADO
Sitiado, o Pinheirinho virou um bairro fantasma.
A PM diz que a previsão é que até a noite de hoje todos os moradores tenham retirado móveis e objetos. A demolição das mais de mil casas deve começar a seguir.
Ontem, um caminhão foi queimado e uma creche e uma padaria foram atingidas por coquetéis molotov.
O clima de tensão também atingiu o centro da cidade. De manhã, dezenas de lojas abaixaram as portas total ou parcialmente durante protesto de cerca de 200 pessoas contra a desocupação.
O fórum da cidade completa hoje duas semanas de restrição de acesso por temor de invasão. Só podem entrar juízes, funcionários, promotores, defensores e cidadãos que vão para audiências.